EU LT

Não, este texto não é um excerto dum livro rasca que para aí anda, nem fala de gases e cigarros acessos, e muito menos de árbitros, fruta e chocolatinhos. Este texto é desencadeado pela reacção se um anónimo em relação á minha pessoa e aos textos que faço neste estamine. Bem se calhar a primeira coisa que vos passa pela cabeça é “mas há alguém que frequente esta espelunca?” É verdade, para além do Stevie Wonder, há uma panóplia de distintos anónimos (todos meus conhecidos) que dão cá um salto, no entanto, ao invés de fazerem os comentários aqui, falam comigo pessoalmente.
Foi o caso dessa pessoa, disse-me que usava demasiados palavrões nos meus textos, se fosse um mouro (lá em baixo ninguém diz palavrões) ou se fosse alguém a qual a sua opinião vale mais ou menos zero, eu dizia, sim claro evidente e cagava, no entanto não foi, foi uma pessoa que eu até estimo, e tenho em boa consideração as suas opiniões e o que ele diz. Portanto fiz uma introspecção e cheguei á conclusão que na realidade eu ponho palavrões por tudo e por nada, principalmente por nada. É de mim, tipo é intrínseco á minha maneira de ser, é uma coisa que já corrigi, pois ainda me lembro de no secundário em 10 palavras dizia 15 palavrões.
Outra conclusão que cheguei foi o facto de não haver necessidade nenhuma disso, pois afinal, não é por meter 1 ou2 palavrões que a minha opinião vai ficar mais vincada, senão vejamos “o gasóleo está muito caro” ou “o gasóleo está caro como o cara****”, a diferença não é assim tanta, a ideia fica na mesma, logo não há realmente necessidade de dizer tantos palavrões. Fica portanto aqui a modos que uma promessa solene que não vou dizer tantos palavrões aqui, ou pelo menos vou tentar.
Outra das “críticas” que me fizeram (foi a mesma pessoa, não são assim tantos os vem cá) foi que eu tenho o meu ego lá em cima, e que tenho uma confiança que roça o convencido. Bem sei que isso não tem nada a ver com o blog, mas adiante, eu não me considero convencido (mau era) até me considero humilde (que convencido).
Que eu tenho confiança nas minhas capacidades, tenho sim senhor, que eu acho que tenho capacidades e que vou ser um bom profissional, acho sim senhor, se acho que não erro, não, eu sei que erro muitas vezes, no entanto defendo as minhas convicções e as minhas ideias, e a minha prática clínica com unhas e dentes até ao fim, até me mostrarem claramente que estou errado. Sei que pior que não saber, é desconhecer que não sei, é desconhecer até onde vai a nossa ignorância, no entanto se eu não defender as minhas ideias, e não acreditar nas minhas capacidades quem acreditará?
Sim a forma como eu defendo as ideias, e a forma como eu falo, roça o convencido, mas eu falo dessa maneira porque sou brincalhão, lá está, é a minha forma de ser, é estúpido, mas para demonstrar confiança, brinco e digo que é impossível estar errado, e é normal que me digam que sou convencido, mas não sou.
No fim disto tudo, só espero não cair do cavalo, espero que ninguém leia isto, pois mais parece uma página do meu diário (se tivesse), e está muito parecido com o célebre livro sobre a fruta fresca.

LT