11/06/08

Fundamentalismo

Ninguém tem duvidas da importância e impacto que uma greve das empresas transportadoras tem em qualquer economia do mundo. As pessoas não tem como se deslocar, pois tirando o autocarro da Selecção os outros não são movidos a vontade de vencer. O aeroporto da Portela só tem mesmo combustível para mais um dia. Os alimentos começam a faltar, pior do que isso alimentos são deitados ao lixo por falta de transporte. O País pára por completo.

Agora num país que se diz livre (cinjo-me apenas a Portugal, no entanto a situação é semelhante em outros países) o direito à não greve é exactamente igual ao direito à greve. Se nos tempos Salazaristas éramos impedidos de fazer greve, agora com a liberdade conquistada não podemos de forma alguma ser obrigados a fazer-la. É lamentável que camiões sejam apedrejados e que camionistas sejam agredidos pelo simples facto de quererem continuar a trabalhar. Tudo isto acontece nas barbas da polícia.

Não critico a greve mas sim o fundamentalismo como ela está a ser conduzida.

É fácil perceber que o governo vai ceder e conceder regalias às empresas transportadoras. O que obrigatoriamente tem que ter um efeito no preço da maioria dos produtos que o consumidor final comprará. Não acredito. A ver vamos.


Nuno Silva

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito bem dito, muito bem dito mesmo, ia fazer 1 post sobre o assunto mas tu antecipaste-te.
Concordo plenamente com tudo, nao que concorde com os atropelamentos dos piquetes, mas eu se fosse camionista nao kisese aderir a greve e eles viessem "dialogar" eu também me keria passar a fresco.
outra coisa, as petrolíferas nao estao a perder assim tanto knt ixo, estao a vender combustivel como nao vendiam nos ultimos tempos, isto ate ele acabar nas bombas claro.

LT