Sinais Preocupantes
Não, os sinais preocupantes que me refiro não são da Economia de Portugal, não são sinais preocupantes sobre a Criminalidade violenta no nosso País, e muito menos da maneira que o Benfica joga. Os sinais que falo são sinais que mostram que já não somos aqueles miúdos da Universidade, sem preocupações e cuja vida é comer, beber, dormir, quiçá estudar na véspera dos exames. Não se iludam, eu nunca fui esse miúdo, sempre gozei todas as coisas boas da vida de estudante, mas sempre tive a responsabilidade de trabalhar, infelizmente, ou felizmente tinha que trabalhar ao fim de semana e nas férias.
No entanto agora as coisas são diferentes, há sinais que mostram que já começamos a ser adultos trabalhadores, e no começo de uma (espero eu) promissora carreira. Devem estar vocês a tentar perceber que sinais são esses, pois meus caros, ontem tive um jantar com o meu grupo da Universidade, o grupo auto-denominado “A Nata” e eles ficaram muito claros.
Caros leitores, a partir do momento em que se paga 15€ pelo jantar, é porque no mínimo a maioria do pessoal já tem ordenado, sim porque para quem pagava 6 € para se encabrar na Novo ou no Aires, ou no Speedy, pagar 15€ é muito á frente. Outros sinais que estamos aqui estamos adultos: bebemos maduro tinto, não me interpretem mal, eu sempre apreciei o maduro tinto, mas num jantar destes é receita ou verde branco fresco, normalmente de proveniência dúbia, que bebíamos em goladas. Imaginem lá como as coisas estão diferentes, ninguém gregou(o matrakilho tinha gregado ontem ao que parece), e a maioria não ficou canão, apenas tocado. Nos jantares da Nata eu sempre levei uma pequena garrafinha para abrir as hostilidades, ou bagaço envelhecido lá de casa, ou whisky, calhou ao néctar escocês desta vez, e meus meninos, a partir do momento que a Vera diz para eu não passar a garrafa do whisky perto dela, que não conseguia cheirar aquilo, algo está mal, algo está muito mal.
E depois é toda uma conversa que gira á volta de casos clínicos estimulantes, pessoas parvas que nos aparecem pela frente, piadas de trabalho, isto e aquilo, tudo demonstrativo que realmente já não somos estudantes, somos jovens profissionais.
O que vale é que eu ainda não acabei o curso.
LT