ANF vs Ordem dos Médicos

O assunto já é ultrapassado, a maior polémica já passou, mas eu vou mandar aqui uns bitaites em relação á troca de receitas médicas nas farmácias, so agora poque o tempo para escrever aqui tem sido curto. Primeiro ponto, acho uma falta de ética inacreditável por parte das farmácias mudar as receitas de outros profissionais, é um precedente muito perigoso, eu não o admitiria no meu caso por isso compreendo que os médicos fiquem chateados. Segundo ponto as farmácias mudam para genéricos pois as suas margens de lucro nesses medicamentos são superiores, ainda mais com a participação da ANF na produção desses mesmos genéricos. Terceiro ponto, ao que parece os genéricos acabam por não ser exactamente iguais aos medicamentos de marca, tem a ver com a bioequivalência e biodisponibilidade, eu não sei nada disso, por isso confio que o meu médico saiba. Quarto ponto, o INFARMED é uma palhaçada, sim porque admite no mercado medicamentos genéricos que não são totalmente eficazes segundo estes critérios acima referidos, induz a população em erro e põe em causa a saúde pública.

Quinto ponto, as farmácias têm maiores margens de lucro, mas em termos económicos os utentes ficam a ganhar, logo não se deve crucificar as farmácias por quererem aumentar a facturação, se o utente não pagar mais por isso. Sexto ponto, as farmácias erradamente as prescrições, mas mudam porque os médicos prescrevem poucos genéricos, deviam pensar mais na situação económica dos utentes. Setimo ponto, os médicos na universidade estudam grupos químicos, princípios activos, etc, não nomes de marcas comerciais, logo devem ter mais consciência nas suas prescrições. Oitavo ponto, é óbvio que aos médicos não convem deixar de prescrever medicamentos de marca, lá se vão os congressos e as viagens a destinos paradisíacos.

Em relação ao debate na SIC noticias á cerca de um mês, o que eu vi foram 2 “mercenários”, o Sr. Cordeiro a admitir claramente que as margens de lucro são maiores nos seus genéricos da sua empresa, o Sr. Nunes a chorar porque os médicos são os únicos que não ganham nada em cada prescrição que faziam, quem viu ficou com a sensação que ele estava a pedir uma esmola, e que queria ganhar dinheiro pelas prescrições.

Este assunto é um pau de dois bicos, na minha opinião a solução é seriedade, ética, profissionalismo e sensibilidade, da parte das duas classes, se cada profissional agir assim, e sempre a pensar no bem estar de saúde e financeiro dos utentes, todos ganhavam, as farmácias, os médicos e os utentes, sim porque o negocio da saúde chega para todos.

LT