07/04/08

Ainda a proposito do CIOCV

Já vou para o terceiro texto sobre o V Congresso Internacional de Optometria, e sinto que ainda não escrevi tudo o que tinha a dizer.

Que dizer mais?

Poderia falar da qualidade técnica e científica das palestras apresentadas, da inovação das sessões práticas que foram dadas, mas a maioria dos frequentadores (os poucos) não iam entender nada.

Também, se há “Optometristas” a quem rendimento visual em desporto, lentes de contacto de geometria inversa, queratites microbianas por lentes de contacto são temas desconhecidos, então imagino as pessoas fora do mundo optométrico. Se há “Optometristas” que desconhecem fármacos sistémicos que afectam a função visual no âmbito da consulta de optometria, que têm sérias lacunas em Baixa Visão e em pessoas com problemas de aprendizagem, imagino os comuns dos mortais. Aliás imagino os Oftalmologistas. lol. Foi forte esta, é para o prof do Caínhos.

Mas como estava a dizer, e acabei por me expandir nesse item, não vale a pena falar da qualidade do Congresso, pois já provou ao longo destas 5 edições que é um certame em crescimento. Por isso vou falar de pessoas.

Sim de pessoas, pessoas que se esforçam, pessoas que não se conformam, pessoas que tiram do seu tempo, do tempo das suas famílias, dos seus trabalhos e investigações, para se atirarem de cabeça a um projecto destes.

É dos professores do Departamento de Optometria da Universidade do Minho que estou a falar. Não, não é graxa, é admiração.

Só quem está por dentro é que percebe o trabalho que dá organizar um evento desta magnitude.

Eu estive por dentro, vi, gostei, e digo, voltava a fazer tudo de novo, e isto não tem nada a ver com os almoços na “Casa Alves” (Deus me livre, que se come e bebe tão bem), nem com o jantar de gala no “Theatro Circo” (espaço fantástico, ambiente fenomenal, e bar aberto, que posso pedir mais?). Tem a ver com o espírito de fazer parte de algo novo, algo fresco, algo de qualidade na Optometria, senti-me orgulhoso pelo meu curso, pela Universidade, pelo Departamento. É bom levar Espanhóis, Ingleses e Portugueses aos laboratórios onde se vão realizar os Workshops, pelo caminho apresentando os diferentes laboratórios e salas, dando umas biqueiradas de Portuguenhol e Inglês.

Pá senti-me adulto, senti-me Optometrista. É este espírito e este sentimento que quero ter quando concluir o curso e trabalhar a sério.

E então ouvir os alunos de Órtoptica da Universidade de Lisboa e de Optometria da UBI a dizerem que nós temos boas condições e que os nossos professores têm espírito empreendedor, e que nós temos sorte por isso, pá então é que dava orgulho.

Não pude estar ontem estar no Domingo, pois as obrigações laborais também são importantes, mas fazer parte da Comitiva do Congresso faz-me ver tudo de uma perspectiva diferente. Só me falta agora apresentar lá uma palestra:)

Saldo claramente positivo, até porque para além dos brindes do costume (mochila, esferográficas, lanternas panos etc) ainda saquei umas lentes de contacto coloridas, um relógio da Sola e uns óculos de Sol da Salveano…Mel.Não houve máquina fotográfica aquática, mas bem melhor que um pontapé nas costas:)

LT

PS: Escrevo este texto no trabalho, mas espero que a entrega dos diplomas corra bem, senão o professor Baptista fode-me a cabeça. Ele deixou bem claro que sendo eu o responsável, se algo corresse mal, eu era o bode expiatório…lol..

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