03/02/08

7a Crítica

São 2:26 da manha do dia 3 de Fevereiro de 2008, o post vai ficar marcado com a entrada noutra hora, pois estou sem Internet, mas não podia ir dormir sem escrever o meu comentário ao filme que vi hoje (ontem) “Cloverfield”.

Sinceramente, não é o que estava á espera, mas mesmo não estou de maneira nenhuma desiludido com ele, ou as minhas expectativas foram defraudadas, apenas não era o que estava á espera. Tenho a certeza que muita gente não achou piada nenhuma ao filme (a minha cara metade foi uma delas, para não falar do ohhhh de desalento de muita gente no cinema ao fim do filme), se calhar os outros elementos do blog vão dizer que é uma merda, mas eu continuo a dizer, o filme á muito bom, aliás é o primeiro juízo de valor que emito neste texto, e lá está, é muito bom.

Tenho que deixar claro que este não é o tipo de filme que me atrai, tipo, um filme dum monstro com efeitos especiais, não era de maneira nenhuma uma coisa que me levava ao cinema, a promoção e o sigilo que andou nos últimos tempos aliada ao facto do J.J. Abrams ter um dedo na pelicula é que me obrigou a ver o filme.

Para começar, o enquadramento da história, a filmagem como se fosse numa câmara amadora, dando um toque de realismo aos acontecimentos mesmo muito real. Depois as coisas ligadas ao bicho que para lá anda, meus amigos a cena de arrancar a cabeça da estátua da liberdade, seguida pela queda do prédio e nuvem de fumo no qual as pessoas se escondem na loja dá uma sensação de 11 de Setembro e de realismo e de adrenalina, upa upa, essa cena é na minha opinião genial.

O filme é sem dúvida inovador, os efeitos especiais estão na conta certa, sem ser palhaçada, o monstro aparece quando deve aparecer, tem momentos de pica inacreditável, e ainda dá tempo para meter um cromo ( o que filma) e uma história de amor. Hostória de amor esta discreta, sem lamechices: em 80 minutos de caos, correria e morte violenta numa Manhattan em pleno apocalipse, filmados por uma "câmara caseira", como se estabelece o passado dos amantes contornando o lugar-comum do bom, velho flashback? Para J.J. Abrams e a sua equipa, é muito simples: fazendo, de facto, flashbacks. Mas os únicos credíveis, possíveis e lógicos que não estragam o arranjinho: de vez em quando, pelo meio da acção filmada na noite do horror, descobrimos pedaços curtos daquilo que estava previamente gravado na cassete, e que fica apagado para sempre pelos eventos monstruosos. Breves excertos de umas férias, idílicas, do casal. Simples, eficaz e brilhante

Porra que na minha opinião o filme é mesmo muito bom, é que há alturas que nem parece um filme, aliás a maioria do tempo não parece um filme, o som, os gritos das pessoas, a mistura de tudo isto, os movimentos, o exército a atacar a besta, a cena do helicóptero, são imagens mesmo inesquecíveis, por isso mesmo para que não goste do filme em si, ele torna-se de qualquer maneira inesquecível.

È obvio que o fim é estranho, mas mesmo isso está muito bom, porque o início faz prever o fim, mas o fim é imprevisível.

Mas no melhor pano caí a nódoa e o filme tem falhanços e cenas fatelas, mas paciência, a cena da gaja (que diga-se de passagem é feia feia feia, aliás ela e a mulata, uí) no apartamento dela é a parte mais irrealista do filme, mas mesmo assim dá pica ver eles a passarem dum prédio para o outro com o monstro lá em baixo. Para além de outras inconsistências, mas de partes más falam depois os outros porque eu gostei do filme, logo só quero falar bem dele.

Não vou falar mais porque senão tinha que descrever o filme frame a frame e deixo isso ao vosso critério, pois quero que vocês o vejam, eu aconselho, vale mesmo a pena.

É pá. Já são 2:50, deixa-me mas é dormir.

LT

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