Deixa tar que eu comento

Uma viagem até à Cidade Condal impediu-me se assistir “in loco” a mais uma jornada da nossa “liguinha”. Em contrapartida tive o privilégio de assistir a um Barcelona vs Levante que não sendo um jogo particularmente disputado, sempre deu para apreciar verdadeira qualidade futebolística e ver em acção os melhores jogadores do mundo. Ronaldinho, Messi, Xavi ou Eto’o formam um ataque que realmente mais nenhuma equipa europeia se pode gabar de ter.

Mas, vamos lá ao que importa, e centremos atenções em mais uma jornada lusa que francamente, foi pautada pela normalidade. O Porto segue alegremente rumo ao tri, sem que haja quem lhe consiga sequer fazer frente e a única dúvida, jornada após jornada, é saber quantos golos marcará Lisandro ou se Helton sofrerá algum.

Quanto ao Benfica, não perdeu, o que já de si é notícia. Um empate natural atendendo à prestação dos encarnados esta época, diante de uma equipa que está a desiludir (Braga) e um ponto ganho ao Sporting que, também naturalmente, perdeu diante do Super-Setúbal de Carvalhal. Os sadinos são o verdadeiro “case study” da época e a demonstração de que, com um pequeno orçamento, se consegue fazer um campeonato quase perfeito nas três frentes.

Destaque igualmente para o Vitória, que ao bater a Naval, voltou ao pódio, seguindo-se agora os jogos com Braga e Sporting e que ajudarão a perceber se teremos ou não os “conquistadores” na luta pela Champions. O resultado mais anormal da jornada foi mesmo o verificado no Restelo, com o Marítimo a vencer por 3-1, depois de ter estado a perder, num jogo onde a expulsão de Costinha foi fundamental para o seu desfecho.

Na cauda da tabela, o Leiria já tem desde há muito o passaporte para a Liga Vitalis, o que pode até significar o fim de um clube sem adeptos e cuja cidade, inexplicavelmente, virou as costas. Depois, o trio Paços, Naval e Leixões que somaram derrotas “normais” nos seus jogos (todos eles jogando extramuros) e que por isso se afundaram um pouco mais na tabela classificativa.

Por Carlos Ribeiro