21/02/08

Politiquices

Sempre me abstive de fazer comentários políticos sérios neste blog, não que o não seja legítimo, pois o estaminé está aqui para a gente escrever o que bem entende, mas sempre optei por fazer comentários mais de escárnio da política do que outra coisa, mas adiante. No entanto após tanta polémica com a porcaria da licenciatura, com os projectos da Guarda, e após a entrevista á SIC no início da semana, e perante a reacção do primeiro-ministro Sócrates às críticas, às politicas, e às noticias que saem em relação a ele, eu tinha que dizer qualquer coisa a este gajo que nos (des) governa.
José Sócrates não vive no mesmo País que eu, ele não vive em Portugal, ele vive no seu País Socialista, no seu país de faz de conta, vive no seu país ideal.
No País ideal de José Sócrates, os dias começam com uma visita oficial a uma Unidade de saúde familiar que lá deu médico de família a mais 30 portugueses, continuam com a apresentação de uma reforma de fundo do Ensino Superior Público colocando os estudantes a pagar empréstimos, cortando fundos às Universidades e lixando os professores e alunos, e termina o dia com um debate contra uma oposição moribunda.
No país ideal de José Sócrates, o povo compreende as mudanças, os jornais focam-se nas qualidades do Governo e os repórteres não perdem tempo a falar do passado dos políticos, a confrontarem-se com as suas promessas (ups!!! não são promessas, são objectivos) não cumpridas ou a confirmarem se alguma vez fugiram á lei.
No País ideal de José Sócrates, os eleitores não querem saber se o primeiro-ministro recebeu subsídios de exclusividade indevidamente, se andou a assinar projectos de engenharia (lindos diga-se de passagem) que não eram seus ou se fiscalizou as obras em que também era a o fiscalizado. No país ideal de José Sócrates, o povo aprecia a sabedoria do chefe do Governo, a oposição apaga-se perante a sua competência arrebatadora e os jornalistas aplaudem a sua determinação invulgar.
No País ideal de José Sócrates, até pode haver alguns jornais que colocam em causa a honestidade do líder do PS, repórteres que descobrem notícias comprometedoras, mas a RTP tratá-las-á sempre como campanhas pessoais, perseguições obsessivas e injustiças gritantes.
No país ideal de José Sócrates, ninguém protesta, poucos estão contra e todos aplaudem, o PS governará para sempre e o primeiro-ministro licenciou-se com distinção.
È realmente de lamentar que José Sócrates reaja tão mal a críticas, e tudo que esteja em desacordo com o Governo, tudo que diga algo menos bom sobre o Governo ou o primeiro-ministro, são ataques pessoais, e campanhas de destruição de imagem. Não Sr. Sócrates, nós não estamos e não vivemos no mesmo País que o senhor, admito que há bastantes coisas que tem feito bem, mas também tem feito “merda” que chegue, e admitir só lhe fica bem, e já agora acabe o curso, mas sem ser na Universidade Independente.

LT

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